quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Sobre a Zara, Coco Chanel, Galliano e os escândalos da moda

Nosso mundinho colorido da moda volta e meia nos choca com algumas notícias de deixar constrangido o mais humilde dos fashionistas, né não?
O escândalo da vez é a denúncia de trabalho escravo na Zara brasileira. 
Não vou entrar em detalhes sobre esse caso já que ele está sendo supernoticiado em todo canto (tipo aquiaqui e aqui e no próprio Twitter também né?), mas quero questionar um pouquinho sobre os "escândalos" da moda e o que a gente pode fazer a respeito.
Antes da Zara, quem se viu tendo que dar explicações foi o pessoal da Arezzo, lembram?
A campanha de inverno 2011 deles trazia peças feitas com pele de animal (coelhinhos, raposas e tudo o mais) e meio mundo se revoltou (com razão). 
Teve também o escândalo da Daslu, lembram? Esse é um tantinho mais antigo, mas foi bem comentado quando se descobriu que a boutique paulista praticava importação ilegal e sonegação fiscal.
Aliás, até Dolce & Gabanna (sim, a grife, a italiana) se enrolou com a justiça por causa de sonegação fiscal... coisinha besta de aproximadamente 1 bilhão de euros.
Querem mais? A universalmente idolatrada Coco Chanel, há muito tempo é apontada por muitos como tendo sido informante dos nazistas no período da Segunda Guerra. Em breve sai livro contando a história toda, como já foi noticiado a um tempo e confirmado ontem no site da IG
E John Galliano que tá até hoje enrolado com a justiça graças as suas declarações racistas, nazistas e nojentas?




É realmente pra se pensar... Por que nós, enquanto consumidoras e admiradoras dessas marcas e desses estilistas de maneira direta abastecemos, mantemos e financiamos esse tipo de abuso. 
E aí, talvez pra não ter que tomar uma atitude e ainda assim manter a consciência limpa, surgem muitos argumentos.
À época do escândalo da Arezzo, o que eu mais ouvi foi gente argumentando que nós "carnívoros" não temos direito de falar do uso de peles uma vez que nos alimentamos desses mesmos pobres animaizinhos.
Agora no twitter, já vi muita gente dizendo que não dá pra criticar a Zara, pois outras lojas como Marisa e Riachuelo já fizeram uso e talvez façam ainda hoje, da mesma mão de obra escrava que tanto nos revolta.
Mas gente, isso é certo?
Nosso impulso consumista realmente está acima dos nosso valores humanos?
Até onde respeitamos o ambiente, os animais, os semelhantes, as regras e os limites?
Como consumidora de moda eu procuro me manter consciente sobre as influências que recebo, principalmente para me controlar (a grana é curta), mas também para não acabar compactuando com práticas que não condizem com aquilo que acredito. 
Existe muita coisa por trás de uma vitrine, de um editorial e do figurino de uma personagem da novela... Se vocês quiserem eu posso começar a falar um pouco disso por aqui.

Um comentário:

  1. Menina! e eu nem sabia desse babado, eita...mas realmente, existe muita coisa por trás de uma bela vitrine! bjos e bom final de semana!

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